quarta-feira, 6 de maio de 2009

FAMÍLIA


A família consangüínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro essen­cial de nossos reflexos. Reflexos agradá­veis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve.
Certo, não incluímos aqui os Espíritos pioneiros da evolução que, trazidos ao am­biente comum, superam-no, de imediato, criando o clima mental que lhes é peculiar, atendendo à renovação de que se fazem in­térpretes.
Comentamos a nossa posição no campo vulgar da luta.
Cada criatura está provisoriamente ajus­tada ao raio de ação que é capaz de desen­volver ou, mais claramente, cada um de nós apenas, pouco a pouco, ultrapassará o hori­zonte a que já estenda os reflexos que lhe digam respeito.
O homem primitivo não se afasta, de improviso, da própria taba, mas aí renasce múltiplas vezes, e o homem relativamente civilizado demora-se longo tempo no plano racial em que assimila as experiências de que carece, até que a soma de suas aquisições o recomende a diferentes realizações.
É assim que na esfera do grupo consan­güíneo o Espírito reencarnado segue ao en­contro dos laços que entreteceu para si pró­prio, na linha mental em que se lhe caracte­rizam as tendências.
A chamada hereditariedade psicológica é, por isso, de algum modo, a natural aglu­tinação dos espíritos que se afinam nas mes­mas atividades e inclinações.
Um grande artista ou um herói preemi­nente podem nascer em esfera estranha aos
sentimentos nos quais se avultam. É a ma­nifestação do gênio pacientemente elabora­do no bojo dos milênios, impondo os reflexos da sua individualidade em gigantesco traba­lho criativo.
Todavia, na senda habitual, o templo doméstico recine aqueles que se retratam uns nos outros.
Uma família de músicos terá mais faci­lidade para recolher companheiros da arte divina em sua descendência, porque, muita vez, os Espíritos que assumem a posição de filhos na reencarnação, junto deles, são os mesmos amigos que lhes incentivavam a for­mação musical, desde o reino do Espírito, refletindo-se reciprocamente na continu ida­de da ação em que se empenham através de séculos numerosos.
É ainda assim que escultores e poetas, políticos e médicos, comerciantes e agricul­tores quase sempre se dão as mãos, no culto dos melhores valores afetivos, continuando­-se, mutuamente, nos genes familiares, pre­servando para si mesmos, mediante o traba­lho em comum e segundo a lei do renasci­mento, o patrimônio evolutivo em que se exprimem no espaço e no tempo. Também é ar, de conformidade com o mesmo principio de sintonia, que vemos dipsõmanos e clepto­maníacos, tanto quanto delinqüentes e en­fermos de ordem moral, nascendo daqueles que lhes comungam espiritualmente as defi­ciências e as provas, porqüanto muitas inteli­gências transviadas se ajustam ao campo genético daqueles que lhes atraem a compa­nhia, por força dos sentimentos menos dig­nos ou das ações deploráveis com que se oneram perante a Lei.
A tara familiar, por esse motivo, é a resultante da conjunção de débitos, situan­do-nos no plano genético enfermiço que me­recemos, à face dos nossos compromissos com o mundo e com a vida. Dessa forma, somos impelidos a padecer o retorno dos nossos reflexos tóxicos através de pessoas de nossa parentela, que no-los devolvem por aflitivos processos de sofrimento.
Temos assim, no grupo doméstico, os laços de elevação e alegria que já consegui­mos tecer, por intermédio do amor louvavel­mente vivido, mas também as algemas de constrangimento e aversão, nas quais reco­lhemos, de volta, os clichês inquietantes que nós mesmos plasmamos na memória do des­tino e que necessitamos desfazer, à custa de trabalho e sacrifício, paciência e humildade, recursos novos com que faremos nova pro­dução de reflexos espirituais, suscetíveis de anular os efeitos de nossa conduta anterior, conturbada e infeliz.



EMMANUEL


Do livro Pensamento e Vida, psicografado por Francisco Cândido Xaxier.

Foto: Andréa, Paulo e Ariane TAVELIN.

CONFIANÇA EM DEUS


Em qualquer circunstância, mantém tua con­fiança em Deus, que rege o Universo e guarda tua vida.
Nunca te revoltes, seja qual fôr o problema que te surpreenda.
Fora do teu sofrimento sofrem também outros filhos de Deus sob estigmas de aflições que des­conheces.
Normalmente relacionas as provações que te alcançam e derrapas em regime de rebeldia caindo nos alçapões das inconseqüências de vária ordem.
Deixas-te intoxicar pelos vapôres da felonia e afasta-te da diretriz do bem, fugindo para lugar algum onde sofres mais por desespêro injustificável do que pela Intensidade do padecer que te atinge.
No entanto, êles estão ao teu lado, os irmãos do carneiro da agonia.
Disputam casebres miseráveis pendurados em morros onde fermentam ódios ou aglutinados em declives e baixas infectas onde dominam sombras, acondicionando retalhos de velhas latas e tábuas imundas, que transformam em lar e ali se rebolcam em inenarrável desesperação.
Dormem sob as pontes das estradas ou nas calçadas das vielas sombrias em espaços exíguos à mercê do abandono.
Espiam por olhos que se apagaram e não têm possibilidade de ver, marchando em densas trevas.
Agitam-se em corpos mutilados e anseiam alu­cinadamente por conseguir andar, abraçar, mover-se em alguma direção.
Perderam a razão, um sem número dêles, e cor­rem pelos dédalos da loucura indimensional, sob pesadelos horrendos, em que seguem até à idiotia.
Experimentam fome contínua e sentem a cons­trição da máquina orgânica, desajustada ao império das necessidades que se sucedem.
Têm o espírito dilacerado por diagnósticos de enfermidades que sabem irreversíveis e, piorando-lhes a situação, não estão preparados para a de­sencarnação.
Aguardam notícias funestas que os alcançarão logo mais e expungem as agonias sem nome sor­vendo o veneno da amargura, revoltados sem lograrem a extinção do Sofrer...

Faze um giro além das fronteiras do “eu” en­fermiço e tristonho a que te recolhes.
Abre os olhos e espia na direção da Terra perto e longe de ti. Há poemas de beleza na paisagem em festa e tragédias nos bastidores dos corações em comunhão com as torpezas morais em agitação. Pensarás, então, que o homem e somente êle éinfeliz numa esfera de luz e côres como a da Na­tureza.
Em verdade ainda é a Terra a abençoada es­cola de redenção. Contrastando com as necessida­des de cada aluno, ela se mantém festiva para en­sejar uma visão panorâmica convidativa para o bem e para a ação integral que facultam a supe­ração das dificuldades.
Todos aquêles calcêtas que lhe desconsideraram as classes ontem, ora retornam para refazer e aprender fixando em definitivo as lições superiores de amor e vida que desprezaram.

* * *

Após examinares tôdas as circunstâncias prova­cionais do caminho da evolução, bendirás o que tens no corpo e na alma, utilizando-te com meri­diana sabedoria dos dons incomparáveis de que te encontras investido, elaborando condições novas interiormente, para superar os óbices naturais e agradecer as excessivas concessões que fruis e das quais inapelavelmente prestarás contas mais tarde ao Excelso Administrador, como já lhes sofrem os resultados êstes que ora resgatam mais em regime carcerário, porém que aguardam a dádiva do teu auxílio para diminuir-lhes as aflições superlativas.
Tem, pois, confiança em Deus, alma irmã! Ama e agradece o quinhão de dor que te chega para o próprio aprimoramento espiritual e prossegue sere­no ajudando aquêles outros espíritos igualmente ou mais atribulados que tu mesmo a seguirem pela rota abençoada da reencarnação.

*
“Confia em Deus”.
Mateus: capítulo 27º, versículo 43.

*
“Os (Espíritos) que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam”.
Capítulo 4º — Item 18, parágrafo 2.


Método Bona elaborado por José Flausino. Para baixar, clique aqui.

ORAÇÃO À MULHER

Missionária da Vida.
Ampara o homem para que o homem te ampare.
Não te conspurques no prazer, nem te mergulhes no vício.
A felicidade na Terra depende de ti, como o fruto depende da árvore.
Mãe, sê o anjo do lar.
Esposa, auxilia sempre.
Companheira, acende o lume da esperança.
Irmã, sacrifica-te e ajuda.
Mestra, orienta o caminho.
Enfermeira, compadece-te.
Fonte sublime, se as feras do mal te poluírem as águas, imita a corrente cristalina que no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio seio a lama que lhe atiram.
Por mais te aflija a dificuldade, não te confies à tristeza ou ao desânimo.
Lembra os órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam por teus braços e sorri com serenidade para a luta.
Deixa que o trabalho tanja as cordas celestes do teu sentimento para que não falte a música da harmonia aos pedregosos trilhos da existência terrestre.
Teu coração é uma estrela encarcerada.
Não lhe apagues a luz para que o amor resplandeça sobre as trevas.
Eleva-te, elevando-nos.
Não te esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida porque a chave da vida é a glória de Deus.
MEIMEI
Francisco Cândido Xavier / Meimei. Livro: À Luz da Oração.

MÃE SOZINHA

Dizem "mulher da alegria",
Quando ela passa na rua;
A pobre mãe continua,
Os olhos fitos no chão!...
Quanto fel, quanta agonia
Nessa mulher que condenas!...
Ninguém lhe conhece as penas
Cravadas no coração.
Tristeza no desconforto,
Sem palavra que a revele,
Trapos dourados na pele,
Traz a angústia por dever.
Viúva de um vivo morto,
Ei-la que segue sozinha,
Tem ao longe, a pobrezinha,
Um filho quase a morrer.
Já bateu a tanta porta,
Já pediu a tanta gente!...
Dói-lhe a ferida pungente
De ter sido mãe sem lar;
Abatida, semimorta,
Apenas vê no caminho
A febre e a dor do filhinho
Que a morte lhe quer roubar.
Tu que cresceste na estrada,
Desde o berço de ouro e rendas,
Entre mimos e oferendas
De paz, segurança e luz,
Fita essa mãe desolada,
Na penúria que a consome...
Talvez que ela tenha fome
Ao peso da própria cruz.
Não lhe zombes da amargura,
Também foi criança, um dia,
Brincava, estudava e ria,
Rosa ao fulgor da manhã;
Também foi bela e foi pura,
Hoje, nas mágoas que trilha,
Podia ser nossa filha
Assim como é nossa irmã.
Mãe na dor!...
Bendita seja!...
Escrava de toda hora,
Honra as lágrimas que chora,
Nas dores por onde vai!...
Sem esposo que a proteja,
Sem arrimo, sem tutela,
Em Deus que sofre com ela
Encontra a Bênção de Pai.
Xavier, Francisco Cândido.
Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Irene de Souza Pinto.
Araras, SP: IDE. 1978.
Foto: Sueli Straforin.

CORAÇÃO DE MÃE

Dizem que quando a Terra foi criada
Fazendo-se possuída
Pelos filhos da vida
Que vinham de outros mundos,
Tudo na estrada humana,
Cortando a imensidão dos campos infecundos
Era a dominação do ódio que se aferra
À dissenção, à morte, ao desespero e à guerra...
Foi quando um mensageiro
Do Céu às criaturas,
Regressou às Alturas
E disse humildemente ao Grande Deus:
- Senhor!
O que posso fazer dos homens sem amor?
Do cérebro mais tardo ao gênio mais precoce,
Tudo na Terra é luta em conquistas da posse.
Compadece-te oh! Pai ...
Veneno, flecha e clava
Formam no mundo inteiro a Humanidade escrava,
Da descrença, do mal, da impiedade e do crime,
Sem qualquer esperança a que se arrime,
Já não se agüenta ouvir os urros do mais forte
E o choro dos vencidos,
Pisados, massacrados e caídos
No sarcasmos da morte.
Que fazer, Grande Deus, nas trevas dessa luta,
Em que a luz se nos nega e ninguém nos escuta?
Revelou-se que o Pai de Infinita Bondade,
Pensou, por muito tempo, e disse, comovido:
- Aceito, filho meu, quando me falas,
Entendo-te o Pedido! ...
Volta ao mundo a servir na tarefa que avanças,
Os que morrem no mal renascerão crianças,
A Terra evoluirá, - ponderou o Senhor
- Ninguém alterará minha obra de amor.
A fim de desarmar a violência e a cobiça,
Instalarei no mundo a força da Justiça
E para que haja amor esterminando o orgulho,
Sem pancada, sem grito, sem barulho,
Enviarei alguém,
Que ame os filhos meus, com o meu amor ao bem,
Na exaltação da paz, sem desprezo a ninguém.
Alguém que saiba amar, a servir e a sofrer,
Cultivando o perdão como simples dever.
Dizem que foi assim
Que a Terra começou a fazer-se jardim.
Ouviu-se verbo novo, alteraram-se imagens,
E conforme o Senhor mandou e prometeu,
Entre as rudes mulheres dos selvagens,
O Coração de Mãe apareceu.

MARIA DOLORES

Médium: Francisco Cândido Xavier
Do Livro "MARIA DOLORES' Editora Leal
(foto: Rute Cristina de Camargo).

sempre di apprendimento

Começamos aqui um novo blog, com titulo em italiano (sempre di apprendimento), de vez que o que pretendíamos SEMPRE APRENDENDO, encontra-se ocupado. Pretendemos utiliza-lo para publicações que levem o conhecimento e o aprendizado. Temos nos escorado em outros blogs:

http://www.filhosdoperegrino.blogspot.com/;

http://www.felistavelin.blogspot.com/;

Recomendamos uma visita no site: www.liberliber.it, onde se encontram milhares de livros escritos e falados em italiano, bem como músicas clássicas de ótima qualidade.

Esperamos que tenha gostado e volte sempre.

Abbiamo iniziato un nuovo blog qui, con il titolo italiano (sempre di prendimento) del tempo che abbiamo voluto SEMPRE DI APPRENDIMENTO è occupato. Abbiamo intenzione di utilizzare per le pubblicazioni che hanno la conoscenza e l'apprendimento. Abbiamo la valutazione di altri blog: http://www.filhosdoperegrino.blogspot.com/; http://www.felistavelin.blogspot.com/; Ci auguriamo che vi sia piaciuto e tornare spesso.

Félis Francisco Tavelin (foto)